Adital
Diante das ameaças de corte de verbas federais para o financiamento da educação e de privatizações das universidades públicas, estudantes de Porto Rico, Colômbia, Peru e Equador lutam para garantir o ensino gratuito e de qualidade.
Como estratégia pra reduzir gastos, o governo porto-riquenho anunciou este ano que fará cortes nos setores de educação, saúde e moradia. Um dos programas mais afetados pelo corte seria a becas Pell (bolsa federal para ajudar estudantes). A proposta feita pelos republicanos ainda deverá ser aprovada, porém o partido possui grande base aliada no poder, para aprovar a medida.
A notícia não chegou em um bom momento, já que o sistema de educação em Porto Rico está em crise desde que, em maio do ano passado, houve um aumento, para 800 dólares, na semestralidade paga pelos estudantes. Agora a juventude democrata se mobiliza para tentar conscientizar os governantes dos impactos negativos que a redução destes gastos pode causar à sociedade.
Já no Peru, onde há anos a sociedade luta contra a onda de privatizações do ensino público, o projeto de lei Nro. 939/2006-CR, apresentado pela congressista Martha Hildebrand, pretende que os estudantes vindos de escolas privadas não tenham acesso a universidade pública assim como os estudantes estrangeiros.
No Equador, estudantes também lutam contra as privatizações e a favor de um ensino de qualidade. Hoje (16), a Federação de Estudantes Universitários do Equador dará uma coletiva de imprensa, na qual será discutida a Lei de Educação Superior. Os estudantes lutam para garantir o ensino gratuito tanto nas universidades como nas escolas equatorianas.
No dia 10 deste mês, o presidente colombiano Juan Manuel Santos anunciou uma reforma estrutural na educação superior. A reforma pretende modificar a lei 30, a qual abrirá as portas para o setor privado de educação tanto nacional como estrangeiros. Desde então, estudantes colombianos se reúnem para protestar contra a medida do governo que põe em risco o ensino público no país.
Segundo estudos organizados pelo Conselho das Américas e o Miami Dade College, o nível de acesso à educação universitária na América Latina é de 32%, bem abaixo da Europa, com 87%, Ásia, que tem 67% de acessos e dos Estados Unidos com 62%. A privatização do ensino, em uma região tão pobre como a latino-americana, aumentaria o déficit de universitários, prejudicando o avanço dos países em pesquisa e conhecimento.
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